1ª Olimpíadas Cristãs


Aconteceu nos dias 20 e 21 de setembro, no bosque da Uva da cidade Colombo, região metropolitana de Curitiba, a 1ª Olimpíada Cristã do Ministério Jovem, Arquidiocese de Curitiba, tendo por tema “Combati o bom combate, terminei minha corrida, guardei a fé” II Tm 4,7.

Durante o evento participaram 10 equipes (cerca de 200 jovens), que competiram em diversas modalidades desportivas e religiosas, como futebol, vôlei, peteca, ping-pong, bets, caçador, passa ou repassa, caça ao tesouro, danças, etc.

O evento além de propiciar integração entre os grupos de jovens da RCC Curitiba, também teve o intuito de evangelização, através de momentos de oração entre as equipes e pregação do Ricardo Nascimento (Ricardinho) - Coordenador Nacional do Ministério Jovem. O evento também contou com a participação do cantor católico, Márcio Cruz, e do pe. Alex Cordeiro, responsável pela Comissão da Juventude da Arquidiocese de Curitiba.

O evento iniciou na manhã do dia 20 com a acolhida das equipes. Logo após a chegada das 10 equipes, aconteceu a cerimônia de abertura com a Fancol (Fanfarra Municipal de Colombo) e teve enceramento na tarde do dia 21, logo após a missa de encerramento, com a divulgação e premiação das equipes campeãs das Olimpíadas Cristãs.

A equipe Asrai (grupo Sheliah de Campo Magro) ficou com a 1ª colocação, totalizando 258 pontos, em 2º lugar ficou a equipe Guiados por Maria (grupo Nossa Senhora Rainha da Paz do bairro da Barreirinha), com 171 pontos, e a equipe Pietra (grupo Ast do bairro de São Bráz) garantiu a 3ª colocação com 166 pontos.

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Bento XVI traça 3 características do apóstolo de qualquer época

O Papa Bento XVI dedicou a audiência geral de quarta-feira, 10 de setembro de 2008, a refletir sobre a figura do apóstolo São Paulo, continuando com a catequese do dia 03 de setembro.

São Paulo, modelo de todos os apóstolos, segundo o Papa.


Nesta ocasião o Papa centrou a sua intervenção na explicação sobre quais são as características de todo apóstolo, a partir dos escritos paulinos.

São Paulo, explica o Papa, «tinha um conceito de apostolado que ia muito além do relacionado só ao grupo dos Doze».

A primeira característica do apóstolo de Cristo, explica, é «ter visto o Senhor, ou seja, ter tido com Ele um encontro determinante para a própria vida». Falando da experiência de Paulo, o Papa afirmou: «Este encontro marcou o início de sua missão: Paulo não podia continuar vivendo como antes, agora se sentia investido pelo Senhor do encargo de anunciar seu Evangelho em qualidade de apóstolo», explicou o Papa.

Apesar de sentir-se «indigno», por ter perseguido a Igreja, Paulo está «seguro de seu apostolado», pois «é nele onde se manifesta a fecundidade da graça de Deus, que sabe transformar um homem frustrado em um apóstolo esplêndido».

A segunda característica, continua o Papa, é a de «ter sido enviado», isto é, ser chamado a tornar-se «embaixador e portador de uma mensagem; deve atuar, portanto, como encarregado e representante de um mandante. Por isso, Paulo se define como ‘apóstolo de Jesus Cristo’ (1 Cor 1, 1; 2 Cor 1,1), ou seja, delegado seu, posto totalmente a seu serviço».

«Definitivamente, é o Senhor que constitui o apóstolo, não a própria presunção. O apóstolo não faz a si mesmo, mas o Senhor é que o faz; portanto, ele precisa referir-se constantemente ao Senhor», acrescentou o Papa.

A iniciativa de Cristo «sublinha o fato de que se recebeu uma missão da parte d’Ele que é preciso cumprir em seu nome, pondo absolutamente em segundo plano qualquer interesse pessoal». Vem daí a terceira característica dos apóstolos de Jesus, a «dedicação completa da vida a esta missão», acrescentou o Papa.

«’Apóstolo’, portanto, não é e não pode ser um título de honra por algum mérito vivido, mas empenha concreta e dramaticamente a existência do sujeito interessado», afirmou.

Um elemento típico do verdadeiro apóstolo, trazido à luz por São Paulo, «é uma espécie de identificação entre Evangelho e evangelizador, ambos destinados à mesma sorte», explicou Bento XVI.

«Ninguém como Paulo, de fato, evidenciou como o anúncio da cruz aparece como ‘escândalo e necessidade’ (1 Cor 1, 23), ao qual muitos reagiam com incompreensão e rejeição. Isso acontecia naquele tempo e não deve estranhar-nos que aconteça também hoje.»

Contudo, todos os sofrimentos associados à missão são coroados pela «alegria de ser portador da bênção de Deus e da graça do Evangelho».

«Esta é a certeza, a alegria profunda que guia o apóstolo Paulo em todas estas vicissitudes: nada pode separar-nos do amor de Deus. E este amor é a verdadeira riqueza da vida humana», concluiu o Papa.

Sempre Jovem!!!

Todo ser humano é, para si mesmo, um mistério. Consta de um corpo sujeito às vicissitudes naturais e de uma alma espiritual, que não conhece decrepitude, conserva todo o seu vigor ( embora nem sempre o manifeste, porque está sujeita ao funcionamento do cérebro e das faculdades corpóreas em geral): conseqüentemente pode-se falar da perene juventude da pessoa humana.

Nem todos têm consciência disso. Muitos, ao despontar dos primeiros sintomas da velhice, se encolhem e vão-se apagando aos poucos. Outros, porém, se esforçam para não perder o ânimo juvenil; dir-se-ia até que, quanto mais próximos se acham do fim de sua caminhada terrestre, tanto mais vigorosos de ânimo parecem. E quais seriam as características dessa perene juventude?


Podem-se assinalar as seguintes:


- Abertura ao presente e ao futuro, em vez de encolhimento no passado… Interesse pelo que acontece de novo e pelos desafios da vida. O jovem não perde o amor ao ideal e às causas nobres; sabe vibrar com os que as propugnam.


- Fé… Fé em Deus certamente e no seu convite para a vida eterna… Mas também fé no valor da vida, ainda que sofrida… Fé no valor da procura incessante pela Verdade e pelo Bem… Uma das características mais espontâneas do ser humano é ser sequioso… é desejar algo mais do que as coisas visíveis e sonoras que passam. Quem tem fé, saberá que quanto mais próximo estiver do fim de sua caminhada terrestre, tanto mais próximo estará também da consumação ou do encontro definitivo com a Beleza Infinita. Esta o vai invadindo sempre mais.


- Magnanimidade… Ter um ânimo magno, grande para vencer as intempéries da caminhada. Diria São Paulo: “Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem” (Rm 12,21). Com outras palavras: “Não sejas mesquinho nem pusilânime, fechado em ti mesmo”. A luta em prol das causas nobres é sempre rica de esperança, pois não pode vir a ser frustrada a criatura cujo Divino Fabricante a fez para o Infinito e lhe imprimiu na alma o selo do Infinito.


Está claro que a fé cristã só pode corroborar os dados que a própria observação psicológica aponta. O cristão tanto mais jovem deve ser quanto mais longe ou quanto mais chegado à eternidade estiver. Os Santos deixaram-nos eloqüentes testemunhos desse paradoxo: ânimo juvenil em um corpo desgastado… Testemunhos dos quais um dos mais recentes e significativos é o do saudoso Papa João Paulo II. Anteriormente a ele sejam registrados Giovanni Papini, Helen Keller, Marie Heurtin…


Essas reflexões impõem-se a todas as idades. Não é no fim da caminhada terrestre que se vai começar a pensar no ponto de chegada. Todo caminheiro deseja quanto antes chegar ao termo da viagem; ele não o pode esquecer sob pena de cair num precipício. A pessoa sábia há de cultivar sempre a juventude psicológica ou o amor às causas grandes e nobres e, por excelência, o profundo e constante anseio do Bem Absoluto, que também é a Beleza Infinita.


“Senhor, Tu nos fizeste para Ti, e inquieto é o nosso coração enquanto não repousar em Ti” (S. Agostinho, Confissões I 1).


D. Estevão Bettencourt